Capítulo 31
1Depois destas coisas, inspecionando as entradas do norte acima das montanhas, vi montanhas e percebi sete montanhas repletas de puro nardo, árvores odoríferas e papiro.
2Dalí eu passei acima dos picos daquelas montanhas a alguma distância para o leste, e fui sobre o mar da Eritréia.(37) E quando eu havia avançado para longe, além dele, passei ao longo, acima do anjo Zateel, e cheguei ao jardim da justiça. Neste jardim eu vi outras árvores, as quais eram numerosas e grandes, e floreciam alí.
(37) Mar da Eritreia. O Mar Vermelho.
3Sua fragrância era agradável e poderosa e sua aparência era tanto agradável quanto elegante. A árvore do conhecimento também estava alí, do qual se algúem comesse, tornava-se dotado de grande sabedoria.
4Ela era semelhante às espécies da tamareira, dando frutos semelhantes à uva extremamente fina, e sua fragrância estendia-se a considerável distância. Eu exclamei: Que bela é esta árvore e quão deleitável é sua aparência!
5Então o santo Rafael, um anjo que estava comigo, respondeu e disse: Esta é a árvore do conhecimento, da qual vosso antigo pai e vossa mãe comeram, os quais foram antes de ti e que obtendo conhecimento, seus olhos sendo abertos, e descobrindo que estavam nus, foram expulços do jardim.
Capítulo 32
1Dali eu fui na direção das extremidades da terra, onde vi grandes feras diferentes umas das outras, e pássaros variados em suas aparências e formas, bem como com notas de diferentes sons.
2Para a direita destas feras eu percebi as extremidades da terra, onde os céus cessam. Os portões do céu estavam abertos e vi as estrelas celestiais vindo. Eu enumeri-as enquanto elas procediam do portão e escrevi-as todas, enquanto elas saiam uma por uma, de acordo com seu número. Eu escrevi seus nomes completamente, seus tempos e estações, enquanto o anjo Uiel, que estava comigo, mostrava-as a mim.
3Ele as mostrou todas a mim, e escrevi uma conta delas.
4Ele também escreveu para mim seus nomes, seus regulamentos, e suas operações.
Chapter 33
1Dalí eu avancei em direção ao norte, para as extremidades da terra.
2E alí vi a grande e gloriosa maravilha das extremidades de toda terra.
3Vi alí portões celestiais abertos para o céu, três dos quais distintamente separados. Os ventos do norte procediam deles, soprando frio, granizo, geada, neve, orvalho e chuva.
4De um dos portões eles sopravam suavemente, mas quando eles sopravam dos dois outros portões, ele era violento e forte. Eles sopravam sobre a terra fortemente.
Capítulo 34
1Dalí eu fui para as estremidades do mundo para o oeste;
2Ali percebi três portões abertos, enquanto eu estava olhando no norte; os portões e passagens através deles era de igual magnitude.
Capítulo 35
1Então eu segui às extremidades da terra ao sul, onde vi três portões abertos para o sul, do qual provinha orvalho, chuva e vento.
2Dali eu fui para as extremidades do céu oriental, onde vi três portões celestiais abertos para o leste, os quais tinham portões menores dentro deles. Através de cada um desses portões menores as estrelas do céu passavam, e passaram para o oeste por um caminho que foi visto por elas, e todo o período de seu aparecimento.
3Quando eu as vi, as abençoei cada vez que elas apareceram, e abençoei o Senhor da glória que tinha feito estes grandes e esplêndidos sinais, para que eles pudessem mostrar a magnificiência de suas obras aos anjos e às almas dos homens, e para que estes pudessem glorificar todas as suas obras e operações, pudessem ver os efeitos do seu poder; pudessem glorificar o grande labor de suas mãos e abençoá-lo para sempre.
(Capítulo 36 - não)
Chapter 37
1A visão que ele viu, a segunda visão de sabedoria, que Enoque viu, o filho de Jared, filho de Malaleel, o filho de Canan, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão. Este é o começo da palavra de sabedoria, a qual eu recebi para declarar e dizer àqueles que habitam sobre a terra. Ouví desde o princípio, e entendei até o fim, as santas coisas que eu pronuncio na presença do Senhor dos espíritos. Aqueles que eram antes de nós pensaram-nas boas para se pronunciar;
2E nós, que viemos depois, obstruimos o princípio da sabedoria. Até ao presente tempo nunca aconteceu ter sido dado diante do Senhor dos espíritos o que eu recebi, sabedoria de acordo com a capacidade do meu intelecto, e de acordo com o prazer do Senhor dos espíritos; o que eu recebi dele, uma porção da vida eterna.
3E eu obti três parábolas, as quais eu declarei aos habitantes do mundo.
Capítulo 38
1A primeira parábola. Quando a congregação dos justos for manifestada e os pecadores forem julgados por seus crimes, e forem afligidos à vista do mundo;
2Quando os justos forem manifestados (38) na presença dos mesmos justos, os quais serão eleitos por suas boas obras corretamente pesadas pelo Senhor dos espíritos, e quando a luz dos justos e dos eleitos, o quais abitam na terra for manifestada; onde será a habitação dos pecadores? E qual será o lugar de descanço daqueles que rejeitaram o Senhor dos espíritos? Seria melhor para eles se nunca tivessem nascido.
(38) Quando os justos forem manifestados. Ou, "quando o Justo aparcer" (Knibb, p. 125; cp. Charles, p. 112).
3Quando os segredos dos justos também forem revelados, então os pecadores serão julgados e os ímpios serão afligidos na presença dos justos e eleitos.
4Daquele tempo, aqueles que possuirem a terra deixarão de ser poderosos e exaltados. Nem serão capazes de olhar para o semblante do santo, pois a luz dos semblantes dos santos, dos justos, e dos eleitos, terá sido visto pelo Senhor dos espíritos.(39)
(39) Pois a luz… Senhor dos espíritos. Ou, "pois a luz do Senhor dos espíritos terá aparecido na face dos santos, dos juntos, e dos escolhidos" (Knibb, p. 126).
5Então os reis poderosos daquele tempo serão destruidos, mas serão entregues nas mãos dos retos e santos.
6Desde então ninguém obterá compaixão do Senhor dos espíritos, porque suas vidas neste mundo terá sido completada.
Chapter 39
1Naqueles dias a raça eleita e santa descerá do céu e sua semente estará com os filhos dos homens. Enoque recebeu livros de indignação e ira, e livros de pressa e agitação.
2Nunca obterão misericórdia, diz o Senhor dos espíritos.
3Uma nuvem então me arrebatou, e o vento elevou-me acima da superfície da terra, colocando-me na estremidade dos céus.
4Lá eu vi outra visão, e vi as habitações e os lugares de descanço dos santos. Meus olhos viram suas habitações com os anjos, e seus lugares de descanço com os santos. Eles estavam entrando, suplicando e orando pelos filhos dos homens; enquanto a justiça fluía como a água diante deles, e a misericórdia se espalhava sobre a terra como o orvalho. E assim será para com eles para sempre e sempre.
5Naquele tempo os meus olhos viram a habitação do eleito, da verdade, fé e retidão.
6Sem conta será o número dos santos e eleitos na presença de Deus para sempre e sempre.
7Sua residência eu ví sob as asas do Senhor dos espíritos. Todos os santos e eleitos cantavam diante dele, com a aparência semelhante à chama de fogo; suas bocas estavam cheias de bênçãos e seus lábios glorificavam o nome do Senhor dos Espíritos. E retidão incessantemente habitava diante dele.
8Eu quiz permanecer ali, e minha alma desejou aquela habitação. Ali estava minha antecedente herança, pois deste modo eu prevaleci diante do Senhor dos espíritos.
9Neste momento eu glorifiquei e exaltei o nome do Senhor dos espíritos com louvor e exaltação, pois Ele o tem estabelecido com bênção e com exaltação, de acordo com Sua própria boa vontade.
10Meus olhos contemplaram quele espaçoso lugar. Eu o bendisse e falei: Abençoado seja, abançoado desde o princípio e para sempre. No princípio, antes que o mundo fosse criado, e sem fim é seu conhecimento.
11Qual é este mundo? De toda geração existente, eles abençoarão aquele que não dorme espiritualmente, mas permanece diante da Tua glória, abençoaando, glorificando, exaltando-te, e dizendo: Santo, santo, o Senhor dos espíritos encheu o mundo todo de espíritos.
12Ali meus olhos viram a todos que, sem dormir, permanecem diante dele e abençoam-no dizendo: Abençoado sejas, e abençoado seja o nome de Deus para sempre e sempre. Então meu semblante ficou mudado, até que fiquei incapaz de continuar vendo.
Capítulo 40
1Depois disto eu vi milhares de milhares e miríades de miríades, e um número infinito de pessoas, em pé, diante do Senhor dos espíritos.
2Igualmente, nas quatro asas do Senhor dos espíritos, nos quatro lados, percebi outros, ao lado daqueles que estavam em pé diante dele. Seus nomes também eu sei porque o anjo que estava comigo declarou-os a mim, revelando-me toda coisa secreta.
3Então ouvi as vozes daqueles sobre os quatro lados, magnificando o Senhor da glória.
4A primeira vóz abençoou o Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
5A segunda vóz ouvi abençoando ao Eleito e aos eleitos que sofrem pela causa do Senhor dos espíritos.
6A terceira vóz eu ouvi pedindo e orando em favor daqueles que habitam sobre a terra, e suplicam no nome do Senhor dos espíritos.
7A quarta vóz eu ouvi expulçando os anjos ímpios, (40) e proibindo-os de entrarem na presença do Senhor dos espíritos para proferirem acusações contra(41) os habitantes da terra.
(40) Anjos ímpios. Literalmente "os Satãs" (Laurence, p. 45; Knibb, p. 128). Ha-satan em Hebreu ("o adversário") foi originalmente o título de um ofício, não o nome de um anjo.
(41) Proferir acusações contra. Ou, "para acusar" (Charles, p. 119).
8Depois disso eu pedi ao anjo da paz, que prosseguia comigo, para explicar tudo o que estava escondido. Eu disse-lhe: Quem são aqueles que eu havia visto nos quatro lados e que palavras eram aquelas que eu havia ouvido e escrito? Ele respondeu: O primeiro é o misericordioso, o paciente, o santo Miguel.
9O segundo é aquele que preside sobre todo sofrimento e toda aflição dos filhos dos homens, o santo Rafael. O terceiro, o qual preside sobre tudo o que é poderoso é Gabriel. E o quarto, o qual preside sobre o arrependimento e a esperança daqueles que herdarão a vida eterna, é Fanuel. Estes são os quatro anjos do Altíssimo Deus e suas quatro vozes, as quais naquele momento eu ouvi.
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