Capítulo 61
1Então o Senhor ordenou os reis, os príncipes, os exaltados e aqueles que habitam na terra dizendo: Abri vossos olhos, e elevai vossas buzinas se sois capazes de compreender o Eleito.
2O Senhor dos espíritos assentou-se sobre o trono de sua glória.
3E o espírito de retidão foi colocado sobre ele.
4A palavra de sua boca destruirá todos os pecadores e todos os mundanos, os quais perecerão na sua presença.
5Naquele dia todos os reis, os príncipes, os exaltados e todos os que possuem a terra se colocarão em pé, verão e perceberão Aquele que está assentado no trono da sua glória, que diante dEle os santos serão julgados em retidão,
6E que nada que será falado diante dEle, será falado em vão.
7Inquietação virá sobre eles, como sobre uma mulher em trabalho de parto, cujo labor é severo, quando seu filho vem à boca do ventre e ela encontra-se em dificuldade de dar a luz.
8Uma porção deles olhará para a outra. Eles ficarão atônitos e baixarão seu semblante,
9E aflição os prenderá quando eles virem o Filho da mulher assentado sobre o seu trono de glória.
10Então os reis, os príncipes e todos os que possuem a terra glorificarão Aquele que tem domínio sobre todas as coisas, Aquele que esteve em conselho; pois desde o princípio o Filho do homem existiu em segredo, o qual o Altíssimo preservou na presença do Seu poder e foi revelado aos eleitos.
11Ele semeará a congregação dos santos e dos eleitos, e todo eleito ficará diante dEle naquele dia.
12Todos os reis, príncipes, o exaltado e aqueles que governam sobre toda a terra cairão sobre suas faces diante dEle, e O adorão.
13Eles colocarão suas esperanças neste Filho do homem orarão a Ele e implorarão por misericórdia.
14Então o Senhor dos espíritos se apressará em expeli-los da Sua presença. Suas faces ficarão cheias de confusão e suas faces se cobrirão de escuridão. Os anjos os tomarão para castigo, aquela vingança poderá ser infligita naqueles que têm oprimido Seus filhos e Seus eleitos. E eles se tornarão como um exemplo aos santos aos Seus eleitos. Através deles estes serão feitos jubilosos, pois a ira do Senhor dos espíritos descançará sobre eles.
15Então a espada do Senhor dos espíritos se embebedará com seu sangue, mas os santos e eleitos serão salvos naquele dia; a face dos pecadores e dos mundanos daquele tempo em diante eles não verão.
16O Senhor dos espíritos permanecerá sobre eles:
17E com este Filho do homem eles habitarão, comerão, deitarão e levantarão, para sempre e sempre.
18Os santos e eleitos têm se levantado da terra. Têm deixado de deprimir seus semblantes e terão sido vestidos com a vestimenta da vida. Aqueles vestidos da vida estão com o Senhor dos espíritos, em cuja presença suas vestimentes não envelhecerão nem será diminuída sua glória.
Capítulo 62
1Naqueles dias os reis que possuíram a terra serão punidos pelos anjos de Sua ira, onde quer que eles lhes sejam entregues, para que Ele possa dar descanço por um curto período de tempo; e para que eles prostem-se diante dEle e adorem o Senhor dos espíritos, confessanto seus pecados diante dEle.
2Eles abençoarão e glorificarão o Senhor dos espíritos dizendo: Abençoado é o Senhor dos espíritos, o Senhor dos reis, o Senhor dos espíritos, o Senhor dos ricos, o Senhor da glória, e o Senhor da sabedoria.
3Ele iluminará toda coisa secreta.
4Seu poder é de geração a geração e Sua glória para sempre e sempre.
5Profundos são todos os Seus segredos e incontáveis; sua retidão não pode ser calculada.
6Agora nós sabemos que devemos glorificar e abençoar o Senhor dos reis o qual é Rei sobre todas as coisas.
7Eles também dirão: Quem nos tem permitido ficar para glorificar, louvar, abençoar, e confessar na presença da Sua glória?
8E agora pequeno é o repouso que nós desejamos, mas nós não o encontramos; nós rejeitamos e não o possuimos. Luz passou diante de nós e escuridão tem cobrido nossos tronos para sempre.
9 Pois nós não confessamos diante dEle; não temos glorificado o nome do Senhor dos reis; não temos glorificado o Senhor em todas as Suas obras, mas temos confiado no cetro do nosso próprio domínio e da nossa glória.
10Naquele dia do nosso sofrimento e da nossa angústia Ele não nos salvará, nem encontraremos descanço. Confessamos que nosso Senhor é fiel em todas as Suas obras, em todos os Seus julgamentos e em Sua retidão.
11Em Seus julgamentos ele não paga nenhum respeito a pessoas; e nós devemos apartar-nos de sua presença por causa de nossos maus atos.
12Todos os nossos pecados são verdadeiramente sem número.
13Então eles dirão a si mesmos: Nossas almas estão saciadas com os instrumentos de crime;
14Mas que não nos impede de descer ao ventre flamejante do inferno.
15Daí em diante seus semblantes se encherão de escuridão e confusão diante do Filho do homem, de cuja presença eles serão expulços e diante do qual a espada permanecerá expelindo-os.
16Assim diz o Senhor dos espíritos: Este decreto e o julgamento contra os príncipes, os reis, os exaltados, e aqueles que possuem a terra, na presença do Senhor dos espíritos.
Capítulo 63
1Eu vi outros semblantes naquele lugar secreto. Ouvi a voz de um anjo, dizendo: Estes são os anjos que desceram do céu à terra, revelaram segredos aos filhos dos homens e seduziram os filhos dos homens para cometerem de pecado.
Capítulo 64
(57)
(57) Os capítulos 64, 65, 66 e o primeiro versículo do 67 evidentemente contêm a versão de Noé e não de Enoque (Laurence, p. 78).
1Naqueles dias Noé viu que a terra inclinou-se, e que destruição aproximava-se.
2Então ele levantou seus pés e foi para os confins da terra, para a habitação do seu bisavô Enoque.
3E Noé clamou com uma amarga vóz: Ouví-me, ouví-me, ouví-me, três vezes. E ele disse: Dize-me o que está ocorrendo sobre a terra, pois a terra trabalha e é violentamente abalada. Certamente eu perecerei com ela.
4Depois disso houve uma grande perturbação na terra e uma vóz foi ouvida desde o céu. Eu caí sob re minha face, então meu bisavô Enoque veio e colocou-se ao meu lado.
5Ele disse-me: Por que clamas a mim com um amargo clamor e lamentação?
6Um mandamento partiu do Senhor contra aqueles que habitam na terra para que eles sejam destruidos, pois eles conhecem todo segredo dos anjos, toda obra opressiva, o poder secreto dos demônios (58) e todo poder daqueles que cometem sortilégios, tanto quanto daqueles que fazem imagens fundidas em toda a terra.
(58) Os demônios. Literalmente, "os Satãns" (Laurence, p. 78).
7Eles sabem como a prata é produzida do pó da terra e como na terra a gota metálica existe, pois o chumbo e o estanho não são produzidos da terra como fonte primária de sua produção.
8Há um anjo colocado sobre ela, e o anjo luta para prevalecer.
9Depois disso meu bisavô Enoque agarrou-me com sua mão, levantando-me e disse-me: Vai, pois eu pedí ao Senhor dos espíritos a respeito desta perturbação da terra; o qual respondeu: Por conta da impiedade deles seus inumeráveis julgamentos foram consumados diante de mim. Com respeito às luas eles inquiriram, e têm conhecimento de que a terra perecerá com aqueles que habitam sobre ela,(59) e que estes não terão lugar de refúgio para sempre.
(59) Com respeito às luas… habitam sobre ela. Ou, "Por causa dos sortilégios que eles procuraram e aprenderam a terra e aqueles que habitam sobre ela serão destruídos" (Knibb, p. 155).
10Eles descobriram segredos, e eles são aqueles que têm sido julgados; mas não você, meu filho. O Senhor dos espíritos sabe que tu és puro e bom, livre da reprovação do descobrimento de segredos.
11Ele, o Santo, estabelecerá Seu nome no meio dos santos e te preservará daqueles que habitam sobre a terra. Ele estabelecerá tua semente em retidão com domínio e grande glória, (60) e da tua semente se espalhará retidão, e homens santos sem número para sempre.
(60) Com domínio… gloria. Literalmente, "para reis, e para grande glória" (Laurence, p. 79).
Capítulo 65
1Depois disso ele mostrou-me os anjos de punição, os quais estão preparados para vir e abrir todas as águas poderosas sob a terra:
2Que elas podem ser para julgamento e para destruição de todos aqueles que permanecem e habitam sobre a terra.
3O Senhor dos espíritos ordenou os anjos que saíram, para não tomar os homens, e preservá-los,
4pois aqueles anjos presidem sobre todas as poderosas águas. Então eu saí da presença de Enoque.
Capítulo 66
1Naqueles dias a palavra de Deus veio a mim, e disse: Vê Noé, tua sorte ascendeu a Mim, uma sorte imune de crime, uma sorte amada e superior.
2Agora então os anjos trabalharão as árvores, (61), mas enquanto eles procedem nisto eu colocarei minha mão sobre elas e as preservarei.
(61) Trabalharão nas árvores. Ou, "estão fazendo uma (estrutura de) madeira" (Knibb, p. 156).
3A semente da vida se erguerá dela e uma mudança tomará lugar para que a terra seca não seja deixada vazia. Eu estabelecerei tua semente diante de mim para sempre e sempre, e a semente daqueles que habitarem contigo na superfície da terra. Ela será abençoada e multiplicada na presença da terra, em nome do Senhor.
4Eles confinarão aqueles anjos que descrobriram impiedade. Naquele vale ardente é que eles serão confinados, o qual a princípio meu bisavô monstrou-me no oeste, onde há montanhas de ouro e prata, de ferro, de metal fluído, e de estanho.
5Eu vi aquele vale no qual há uma grande perturbação e onde as águas são agitadas.
6E quando tudo isto foi executado, da massa fluída de fogo e na perturbação que prevaleceu (62) naquele lugar, levantou-se um forte cheiro de enxofre que se misturou com as águas; e o vale dos anjos que haviam sido culpados de sedução, queimou-se debaixo da terra.
(62) A perturbação que prevaleceu. Literalmente, "perturbou-os" (Laurence, p. 81).
7Através daquele vale rios de fogo também estavam fluindo, para os quais aqueles anjos serão condenados, os quas seduziram os habitantes da terra.
8E naqueles dias estas águas serão para os reis, aos príncipes, aos exaltados e para os habitantes da terra, para a cura da alma e do corpo e para o julgamento do espírito. 9Seus espíritos serão cheios de festa (63) para que eles possam ser julgados em seus corpos; porque eles negaram o Senhor dos espíritos, e apesar de eles perceberem sua condenação dia após dia, não acreditaram em seu nome.
(63) Festa. Ou, "luxúria" (Knibb, p. 157).
10E como a inflamação de seus corpos será grande, assim seus espíritos sofrerão uma transformação para sempre.
11Pois nenhuma palavra que é pronunciada diante do Senhor dos espíritos será em vão.
12Julgamento veio sobre eles porque eles confiaram em sua luxúria carnal, e negaram o Senhor dos espíritos.
13Naqueles dias as águas daquele vale serão transformadas, pois enquanto os anjos forem julgados, o calor daquelas fontes de água sofrem uma alteração.
14E enquanto os anjos ascenderem, a água das fontes novamente sofrem uma alteração e congelam. Então eu ouvi o santo Miguel respondendo e dizendo: Este julgamento, com o qual os anjos serão julgados, dará testemunho contra os reis, príncipes e aqueles que possuem a terra.
15Pois estas águas de julgamento serão para sua cura e para a morte (64) de seus corpos. Mas eles não perceberão e não acreditarão que as águas serão trasnformadas e tornadas como fogo, que arderá para sempre.
(64) Morte. Ou, "luxúria" (Charles, p. 176; Knibb, p. 158).
Capítulo 67
1Depois disto ele deu-me as marcas características (65) de todas as coisas secretas do livro do meu bisavô Enoque, e nas parábolas que haviam sido dadas a ele; inserindo-as para mim entre as palavras do livro das parábolas.
(65) Marcas características. Literalmente, "os sinais" (Laurence, p. 83).
2Naquele momento o santo Miguel respondeu e disse a Rafael: O poder do espírito precipita-me daqui e impele-me para fora. A severidade do julgamento, do secreto jultamento dos anjos, quem é capaz de observar-a resistência daquele severo julgamento que aconteceu e se tornou permanente-sem ser dissolvido no seu lugar? Novamente o santo Miguel respondeu e disse ao santo Rafael: Quem está lá, cujo coração não se abrandou por isto, e cujos rins não se afligiram com esta coisa?
3Julgamento saiu contra eles por aqueles que assim arrastaram-nos para fora; e que se foram, quando eles estavam na presença do Senhor dos espíritos.
4De igual maneira também o santo Rakael disse a Rafael: Eles não estarão diante do olho do Senhor (66) já que o Senhor dos espíritos foi ofendido por eles, pois como Senhores (67) eles têm-se conduzido. Portanto Ele traz sobre eles um secreto julgamento para sempre e sempre.
(66) Eles não... olho do Senhor. Ou, "Eu não tomarei parte sob o olho do Senhor" (Knibb,p.159).
(67) Pois como Senhores. Ou, "pois eles agiram como se fossem o Senhor" (Knibb, p. 159).
5Pois nem o anjo, nem o homem recebe uma porção dele, mas eles só receberão seu próprio julgamento para sempre e sempre.
Capítulo 68
1Depois deste julgamento eles estarão assombrados e irritados, pois serão exibidos aos habitantes da terra.
2Eis os nomes destes anjos. Estes são seus nomes: O primeiro deles é Samyaza; o segundo é Arstikapha; o terceiro é Armen; o quarto, Kakabael; o quinto, Turel; o sexto, Rumyel; o sétimo, Danyal; o oitavo, Kael; o nono, Barakel; o décimo, Azazel; o décimo primeiro, Armers; o décimo segundo, Bataryal; o décimo terceiro, Basasael; o décimo quarto, Ananel; o décimo quinto, Turyal; o décimo sexto, Simapiseel; o décimo sétimo, Yetarel; o décimo oitavo, Tumael; o décimo nono, Tarel; o vigésimo, Rumel; o vigésimo primeiro, Azazyel.
3Estes são os principais (chefes) dos anjos, e os nomes dos líderes de suas centenas, e seus líderes de cinqüenta, e os líderes de suas dezenas.
4O nome do primeiro é Yekun: (68) ele foi quem seduziu todos os filhos dos santos anjos e fêz com que descessem à terra, conduzindo desencaminhadamente a descendência dos homens.
(68) Yekun pode simplesmente significar "o rebelde" (Knibb, p. 160).
5O nome do segundo é Kesabel, o qual apontou mau conselho aos filhos dos santos anjos e conduziu-os a corromperem seus corpos gerando humanos.
6O nome do terceiro é Gadrel: ele descobriu todo golpe de morte aos filhos dos homens.
7Ele seduziu Eva e descobriu aos filhos dos homens os instrumentos de morte, o casaco de malha, o escudo, e a espada para matança; todo instrumento de morte para os filhos dos homens.
8Estas coisas derivaram de suas mãos para os que habitam sobre a terra daquele período para sempre.
9O nome do quarto é Penemue: ele descobriu aos filhos dos homens o amargor e a doçura,
10E mostrou a eles todo segredo de sua sabedoria.
11Ele ensinou os homens a entenderem o escrito e o uso de tinta e papel.
12Portanto, numerosos têem sido aqueles que têm se estraviado em todo período do mundo, mesmo até este dia.
13Os homens não nasceram para isto, assim com pena e tinta, para confirmar sua fé;
14Desde então eles não criaram, exceto que, como os anjos, eles podem permanecer retos e puros.
15Nem poderiam morrer, o que destrói tudo, tem afetado-os;
16Mas por este seu conhecimento eles perecem, e por isto também seu poder os consome.
17 O nome do quinto é Kasyade: ele descobriu aos filhos dos homens todo iníquo golpe de espíritos e de demônios:
18O golpe do embrião no ventre, para diminuí-lo; (69) o golpe do espírito pela mordida da serpente, e o golpe que é dado ao meio-dia pelo filho da serpente, cujo nome é Tabaet. (70)
(69) O golpe…para diminuí-lo. Ou, "o soco (com ataque, agressão) ao embrião no ventre para que seja abortado" (Knibb, p. 162).
(70) Tabaet. Literalmente, "macho" ou "forte" (Knibb, p. 162).
19Este é o número de Kasbel; a parte principal do juramento que o Altíssimo, habitanto em glória, revelou aos santos.
20Seu nome é Beka. Ele falou ao santo Miguel para que revelasse a eles o nome sagrado, para que eles pudessem entender o sagrado nome e assim lembrar do juramento; e para que aqueles que apontaram toda coisa secreta aos filhos dos homens possam tremer sob aquele nome e juramento.
21Este é o poder do juramento; pois poderoso ele é, e forte.
22E estabelecido este juramanto de Akae pela instrumentalidade do santo Miguel.
23Estes são os segredos deste juramento, e por ele eles foram confirmados.
24Os céus estiveram em suspenso por ele antes que o mundo fosse feito, para sempre.
25Por ele a terra foi inundada no dilúvio enquanto das partes escondidas dos montes as águas agitadas as águas saíram desde a criação até o fim do mundo.
26Por este juramento o mar foi formado e a sua fundação.
27Durante o período desta fúria ele estabeleceu a areia contra ele, a qual continua imutável para sempre, e por este juramento o abismo foi feito forte; e não é removível de sua estação para sempre e sempre.
28Por este juramento o sol e a lua completam seu progresso nunca se desviando do comando que lhes foi dado para sempre e sempre.
29Por este juramento as estrelas completam seu progresso,
30E quando seus nomes forem chamados eles retornarão em resposta, para sempre e sempre.
31Então nos céus tomam lugar os sopros dos ventos: todos eles têm respiração (71) e efetuam uma completa combinação de respirações.
(71) Respiração. Ou, "espiritos" (Laurence, p. 87).
32Ali os terouros do trovão são mantidos e o esplendor do relâmpago.
33Alí são guardados os terouros do granizo e da neblina, os tesouros da neve, os tesouros da chuva e do orvalho.
34Todos estes confessam e louvam diante do Senhor dos espíritos.
35Eles glorificam com todo seu poder de súplica; e Ele os sustém em todo aquele ato de agradecimento enquanto eles louvam, glorificam e exaltam o nome do Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
36E com eles ele estabelece este juramento, pelo qual eles e seus caminhos são preservados, e seus progressos não perecem.
37Grande foi sua alegria.
38Eles abençoaram, glorificaram, e exaltaram porque o nome do Filho do homem lhes foi revelado.
39Ele assentou-se sobre o trono de Sua glória, e a parte principal do julgamento foi designada e Ele, o Filho do homem. Os pecadores perecerão e desaparecerão da face da terra, enquanto aqueles que os seduziram serão amarrados com correntes para sempre.
40De acordo com seus graus de corrupção eles serão aprisionados, e todas as suas obras desaparecerão da face da terra; desde então alí não haverá ninguém para corromper, pois o Filho do homem foi visto assentado sobre Seu trono de glória.
41Toda iniquidade desaparecerá e se apartará de diante de Sua face; a palavra do Filho do homem se tornará poderosa na presença do Senhor dos espíritos.
42Esta é a terceira parábola de Enoque.
Capítulo 69
1Depois disto o nome do Filho do homem, vivendo com o Senhor dos espíritos, foi exaltado pelos habitantes da terra.
2Ele foi exaltado nas carruagens do Espírito e o seu nome estava no meio deles.
3Desde aquele tempo eu não fui arrancado do meio deles; mas Ele assentou-se entre dois espíritos, entre o norte e o oeste, onde os anjos receberam seus cordões, para medir o lugar para os eleitos e os justos.
4Alí eu vi os pais dos primeiros homens e os santos que habitam naquele lugar para sempre.
Capítulo 70
1Depois disso meu espírito foi ocultado, ascendendo aos céus. Eu ví os filhos dos santos anjos andando em chamas de fogo, cujas vestimentas e mantos eram brancos e cujos semblantes eram transparentes como cristal.
2Eu vi dois rios de fogo brilhando como o jacinto.
3Então caí sobre minha face diante do Senhor dos espíritos.
4E Miguel, um dos arcanjos, tomou-me pela mão direita e levantou-me, e trouxe-me para onde estava todo segredo de misericórdia e retidão.
5Ele me mostrou todas as coisas ocultas das extremidades do céu, todos os receptáculos das estrelas e o seu esplendor, desde quando elas saíram de diante da face do Santo.
6Ele escondeu o espírito de Enoque no céu dos céus.
7Alí eu vi no meio daquela luz uma construção levantada com pedras de gelo,
8E no meio destas pedras vi vibrações de (72) de fogo vivo. Meu espírito viu ao redor o círculo desta habitação flamejante em uma de suas extremidades; que alí havia rios cheios de fogo vivo, o qual cercava-a.
(72) Vibrações. Literalmente, "línguas" (Laurence, p. 90).
9Então o Serafim, o Querubim, e o Ophanin (73) rodearam-na: estes são aqueles que nunca adormecem, mas vigiam o trono de Sua glória.
(73) Ophanin. As "rodas" Ezequiel 1:15-21 (Charles, p. 162).
10Eu vi inumeráveis anjos, milhares de milhares, e miríades de miríades, as quais rodeavam aquela habitação.
11Miguel, Rafael, Gabriel, Phanuel e os santos anjos que estavam acima nos céus foram e sairam dele. Miguel, Rafael, e Gabriel sairam daquela habitação, e santos anjos inumeráveis.
12Estava com eles o Ancião de dias, cuja cabeça era branca como o algodão, e pura, e seu manto era indescritível.
13Então eu caí sobre minha face enquanto toda minha carne era dissolvida, e meu espírito tornou-se transformado.
14Eu clamei com alta vóz com um poderoso espírito, abençoando, glorificando, e exaltando.
15E aquelas bênçãos que procediam da minha bôca tornaram-se aceitáveis na presença do Ancião de dias.
16O Ancião de dias veio com Miguel e Gabriel, e Rafal e Phanuel, com milhares de milhares, e miríades de miríades, que não podiam ser enumerados.
17Então aquele anjo veio a mim, com sua vóz saudou-me, dizendo: Tu és o Filho do homem, (74) o qual é nascido para retidão, e retidão descançou sobre ti.
(74) Filho do homem. A tradução original de Laurence muda essa fraze "descendência do homem", Knibb (p. 166) e Charles (p. 185) indicam que deve ser "Filho do homem" consistente com outras ocorrências daquele termo no livro de Enoque.
18A retidão do ancião de dias não te esquecerá.
19Ele disse: Em ti Ele conferirá paz em nome do mundo existente; por isso a paz tem existido desde que o mundo foi criado.
20E assim acontecerá a ti para sempre e sempre.
21Todos os que existirão e caminharão em seus caminhos de retidão, não te esquecerão para sempre.
22Contigo estarão suas habitações, contigo seu destino; de ti eles não serão separados para sempre e sempre.
23E assim o prolongamento dos dias estará com o Filho do homem.(75)
(75) Filho do homem. Literalmente, "descendência do homem", ou "o Cristo que vem da descendência do homem”.
24A paz será para os justos e os retos possuirão o caminho da integridade, em nome do Senhor dos espíritos, para sempre e sempre.
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